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É o que nos vai valer… Ainda não é oficial mas está praticamente confirmado. As composições ferroviárias dos comboios de alta velocidade (TGV), da linha Lisboa Madrid, vão ser constituídas por carruagens de três tipos diferentes: alto luxo para a 1ª classe que vai ser designada por “Executiva”, funcionalidade e algum aperto para a 2ª que será chamada de “Turística” e bancos de pau e sanitas turcas para a 3ª baptizada de “Classe Popular”.
Na “Executiva” esperam-se passageiros tipo deputados, membros do Governo, juízes no activo e reformados (nem uns nem outros pagam bilhete, de resto tal como os tais deputados e políticos…) e ainda um ou outro administrador ou dirigente da própria REFER/TGV, que também viajarão, tal como as respectivas famílias, de borla e com gastos de bar e restaurante incluídos no “bilhete”…. Resultado: prejuízo acumulado a juntar à dívida contraída para fazer aquele trambolho.
Na “Turística” viajarão principalmente espanhóis e, mas muito raramente, casais em lua-de-mel (principalmente gays) e uma ou outra família (espanhola) que venha mostrar o Oceanário aos miúdos. Isto é, andará quase sempre às moscas, porque os bilhetes serão caros (é preciso compensar as borlas da Executiva) e os prejuízos anuais irão ser monstruosos. Mas não fará mal porque os pagantes (dos prejuízos a acumular) serão sempre os mesmos…
A “Popular” (3ª classe) foi especialmente concebida para os portugueses, os tais pagantes acima referidos. E foi bem pensada. Vejamos: como os prejuízos esperados serão enormes vai-se tentar recuperar nos bares e no restaurante: um café custará 6,5 euros e uma sandes de fiambre (Jamon de York na linha de Madrid para Lisboa) não se conseguirá por menos de 15 euros (e mal servida). Resultado: o pessoal voltará aos tempos do farnel e do garrafão do tintol o que, de resto, dará uma cor muito lusitana à viagem, principalmente se acrescentarmos uns tuperwares com arroz de frango e com bolinhos de bacalhau.
Ah, e não se poderá esquecer o viajante que nestas carruagens da “Popular” (3ª classe) até o papel higiénico vai ser pago à parte (e caro) pelo que se recomenda a compra antecipada de “A Bola” e de “O Record” que poderão vir a ser muito úteis nas turcas disponibilizadas para o maralhal. Tem de se poupar com esta malta, porque na “Executiva” o papel higiénico para limpar os rabinhos mimosos de quem lá vai viajar (de borla) não poderá faltar. É a vida.
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