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O ministro da Administração Interna tem vindo a informar o país que as forças de segurança portuguesas (GNR e PSP) irão ser reforçadas em 2009 com mais dois mil homens (são cerca de mil para cada uma) e, acrescenta, que isso demonstra a preocupação do governo com a Segurança dos portugueses…
O ministro orgulha-se muito da sua obra e espera que os portugueses reconheçam a sua preocupação e mérito.
Uma pergunta a que o ministro nunca responde, nem a jornalistas nem a deputados na Assembleia que lho perguntem (e já perguntaram…), é “…quantos militares da GNR e agentes da PSP está previsto que saiam, no mesmo período (2009)…”.
É que o número de saídas previstas, por limite de idade, média calculada de final de carreira por doença ou acidente, saídas voluntárias, etc, é precisamente o mesmo. Isto é, cerca de mil na GNR e número idêntico na PSP.
Resultado: a “segurança” dos portugueses não aumenta nem diminui… Fica na mesma. Pelo menos com o mesmo número de agentes…
Mas os contribuintes ficam todos esperançados porque acreditam no ministro.
Há muito anos que as “perdas” anuais, em homens, na GNR e PSP se cifram em cerca de mil por cada uma, daí que seja necessário recrutar um número semelhante de efectivos todos os anos, o que, de resto, tem sido feito com naturalidade.
O que nunca foi feito foi a exploração política despudorada desta renovação anual.
Só em 1976 e 1977 entraram na GNR cerca de dois mil homens em cada ano. Tinham todos sensivelmente a mesma idade, à volta dos vinte e cinco anos. Irão todos atingir o limite de idade mais ou menos ao mesmo tempo, leia-se no mesmo ano. Terão em 2009 (todos os 2000) cerca de cinquenta e sete anos e, com o tempo de serviço militar contado como serviço (como é da lei) andarão perto dos trinta e seis anos de serviço necessários para se reformarem. Também ninguém espera que andem a correr atrás dos ladrões com sessenta anos de idade...
Como é que o ministro vai resolver isso?
É limpinho, vai “reforçar” o efectivo com mil homens.
Agora façam as contas. Na verdade a tal “segurança dos portugueses” arrisca-se a ficar com agentes “a menos” (cerca de mil…) e não “a mais” como enganosamente tem sido dito às mesmas vítimas de sempre, os lorpas dos portugueses…
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