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A elegante frase proferida em português clássico, pelo presidente do Benfica sr Luís Filipe Vieira aos microfones das TV generalistas, só encontra paralelo na célebre e televisiva tirada de José Veiga: «...eles que "estejem" mas é calados...».
À falta de especialistas em pontapés de trivela estes dois vão-se entretendo a pontapear (forte e feio) a gramática...
Inspectores da PJ acusados de tortura...
O Ministério Público (MP) acusou formalmente cinco inspectores da Polícia Judiciária (PJ) por alegado envolvimento em cenas de agressões, em Outubro de 2004, sobre Leonor Cipriano, mãe de Joana, a menina alegadamente morta no mês anterior em Figueira, Portimão, pela própria progenitora e o tio, João Cipriano.
Três dos polícias estão acusados especificamente do crime de tortura, enquanto um quarto responderá por omissão de auxílio e o quinto por falsificação de documento.
Um dos acusados neste processo é Gonçalo Amaral, coordenador da PJ de Portimão e um dos líderes da investigação do caso Madeleine, a menina inglesa desaparecida a 3 de Maio, na Praia da Luz, Lagos.
Os supostos crimes de tortura terão, segundo o MP, sido cometidos durante interrogatórios, com o intuito de obter a confissão, que veio a suceder, de Leonor. A mãe de Joana foi fotografada, pelos serviços prisionais, com face e corpo cheios de nódoas negras.
(in: Jornal de Notícias).
A juntar aos comentários do Times e da Sky News sobre a incompetência, molenguice, machismo ibérico e vocação para lautos almoços (de duas horas ) bem regados a vinho branco e whisky, só faltava mesmo esta de fazer sobressair a veia Gestapol em detrimento da Interpol, na PJ portuguesa.
Resta-nos ficar à espera de nova remessa de mails patrióticos glorificadores da lusa gesta e da incontestável e indiscutível competência da "nossa" polícia, pelo menos a arrancar confissões à porrada
«Há elementos da Polícia que deveriam ter mais contenção na relação com a comunicação social, pois isso, de alguma forma, vai causar transtornos à investigação, não só passando alguns conhecimentos da investigação para o exterior, mas dando a impressão de que esta está a ser conduzida tipo 'discos pedidos', em que as pessoas viram para Marrocos, depois viram para Rússia, depois viram para a Inglaterra, depois viram ainda não sei bem para onde» afirmou o criminalista Barra da Costa que falava à agência Lusa à margem do I Simpósio de Psicologia e Crime.
«O que penso que está posto em causa é uma questão de método de investigação criminal», disse, referindo-se aos casos da menor britânica desaparecida em Maio na Praia da Luz e também ao da menor Joana Cipriano, igualmente desaparecida no Algarve.
Reportando-se a dados divulgados pela comunicação social sobre o caso de Madeleine McCann, Barra da Costa observou que a descoberta de «mais de meia dúzia» de ADN na cena do crime mostra que o local «não foi isolado imediatamente e à distância que é devida».
«Primeiro, procuram-se os indícios, as evidências e vai-se à procura, já armado desses indícios e evidências, do autor. O que me parece, de alguma forma, o contrário do que se está a passar lá em baixo [no Algarve]», observou.
Recorrendo ao pensamento do penalista da Universidade de Coimbra Figueiredo Dias, Barra da Costa referiu, citando o docente, que «parece que, em Portugal, se prende para arranjar provas e não, como devia ser, primeiro arranjar as provas e depois prender».
(No Jornal "O Sol" de hoje, 09 de Junho de 2007)
Afinal parece que não são só os ingleses a criticar a Polícia Judiciária!...
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