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Como o partido do Governo, pela voz do seu Presidente, espera que as pontes que ligam o Norte ao Sul de Portugal venham a ser "dinamitadas" por terroristas, propõe-se que a Ponte 25 de Abril (em grande risco! ) seja desmantelada e que as suas estruturas de ferro e de aço sejam aproveitadas na construção do TGV, que tanta falta tem feito, como é geralmente sabido.
Aproveitam-se assim todos os materiais da ponte, antes que ela seja dinamitada como receia o Dr. Almeida Santos.
Não parece ser uma obra difícil. Como diz o ministro Mariolino "a engenharia pode tudo"... e do ponto de vista social também não deverá haver problema até porque o Governo nunca se preocupou com esse tipo de coisas (problemas sociais ). Não era agora que ia começar...
Para reduzir o fluxo de trânsito de pessoas entre as duas margens, o ministro da indústria, grande pândego, rapidamente transferiria os residentes na margem sul para empregos daquele lado, ocupando os lugares dos trabalhadores que moram do lado de Lisboa e que o ministro reciclaria para os lugares deixados vagos pelos anteriores. Fácil, não é?
De resto, seria até mais simples do que a operação que ele pretendeu efectuar na "Delphy", onde prometeu empregar pessoal recém despedido numa fábrica que tinha acabado de ocupar os lugares vagos.
Restaria a travessia do Tejo. Ora, para que a meia dúzia de gatos sobrantes destas "transferências" possa atravessar o rio e só de vez em quando, poderão muito bem ser utilizados os velhos cacilheiros, até porque não há de certeza terrorista nenhum que se preze, que pensasse sequer em afundar uma caranguejola daquelas. Era só vantagens.
Adiantava-se e embaratecia-se a construção do TGV (outra obsessão de Mariolino), aproveita-se a ferragem da Ponte, pôe-se o pessoal a trabalhar ao pé das suas casas o que o pessoal agradeceria e, finalmente, afastavam-se os terroristas que deixavam de ter pontes para dinamitar.
E... o dr. Almeida Santos poderia dormir descansado e até, quem sabe, ver o seu nome ser atribuído a um dos cacilheiros.
Após um dia de praia na costa da Caparica, um grupo de banhistas lisboetas integrando uma caravana equipada para travessias no deserto, dirige-se para Cacilhas a fim de apanhar o barco para Lisboa.
Alertada para a existência de "dinamitadores de pontes" e com fundado receio de que a Ponte 25 de Abril venha ser alvo de acto terrorista, a população da "Grande Lisboa" prefere agora os velhos cacilheiros para atravessar o rio.
Entrevistado pela TVI, Almeida Santos reafirmou a teoria da maioria parlamentar sobre a existência de terroristas em Portugal e, com os olhos esbugalhados, acrescentou:
- "Eles" andem aí!...
O ministro Mariolino deverá vir a ser proibido, por José Sócrates, de discursar depois de comer (e, pelos vistos, beber...) em almoçaradas políticas. É que, depois de bem comido e melhor bebido, são conhecidas as tendências do homem em começar a arregalar os olhos, falar francês e, às vezes, a emitir grunhidos.
A situação deverá ficar regularizada com a imposição da obrigatoriedade de só discursar antes do almoço...
Por sua vez, Almeida Santos está preste a ser considerado inimputável, uma vez que a arteriosclerose juntamente com um raro síndrome maníaco-obsessivo de que padece, o fazem mergulhar dentro dos enredos dos livros que leu na juventude.
Presentemente, talvez influenciado pelo desaparecimento da menina inglesa no Algarve e pela grande quantidade de notícias sobre ingleses nas TV´s o homem recuou para os tempos da Guerra Civil Espanhola. Sonha com o "Inglés" do "Por Quem os Sinos Dobram" do Hemingway que, como se sabe, era dinamitador de pontes, para além de apreciador de mulheres de cabeça rapada, o que parece que também agrada a Almeida Santos...
Esta última parte (as mulheres de cabeça rapada) já é influência de outro livro (o homem está demais...). Aqui trata-se de "A Centelha da Vida" de Erich M. Remarque cujo enredo, como é sabido, decorre num Campo de Concentração nazi. Não será assim de admirar se Almeida Santos vier a argumentar, nesta polémica do aeroporto da Ota, com a localização de câmaras de gás e de fornos crematórios que possam prejudicar (por causa do fumo) a aproximação de aeronaves à zona de aterragem.
Numa altura em que os nossos media fazem campanha "pela excelência" do trabalho da PJ, revoltando-se com o tratamento dado ao mesmo na imprensa e TV britânicas, parece chegada a altura de nos distanciarmos destes patrioteirismos bacocos.
Eu, na parte que me toca, é o que faço e explico porquê. É que trabalhei com a polícia inglesa e sei a diferença (enorme) de métodos, organização, (também de meios é verdade), entre a forma de eles trabalharem e o modo como "nós" reagimos e procedemos
Do "nosso" lado: muita arrogância, muito "armanço", muita falta de profissionalismo, de pontualidade, de espírito de entreajuda, muita improvisação e desvio das normas estabelecidas, muita tendência para trabalho de secretária e pouca inclinação para o trabalho (mais duro e menos visível) de campo, muito desconhecimento de itens importantíssimos para a missão que se está a cumprir com "explicações do tipo " eu (ou nós ) é que sabemos o que é importante . Enfim uma merda.
Muito trabalho só para fingir que se é bom. Para "inglês ver " (não é por acaso que se inventou esta expressão...).
Hoje mesmo, a polícia britânica lançou um apelo aos turistas ingleses que estiveram de férias na Praia da Luz para que disponibilizem as fotografias e filmes que fizeram no Algarve, nos últimos dias de Abril. conforme noticiaram todas as televisões.
Adivinha-se muito trabalho de sapa...
A nossa PJ apressou-se (conforme informou a SIC Notícias) a esclarecer que já tinha feito esse mesmo pedido...
Não disse é "a quem" o fez!...
Claro que se o tivesse feito teria de o fazer através dos meios de comunicação social e... Nós saberíamos... Ou não?
Como se vê é só foguetes para o ar, conhecida especialidade portuguesa, para inglês ver e, neste caso para "portuga endrominar"...
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